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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Síntese do texto: Mídia- Silvio da Costa Pereira

Uma série de pesquisas vêm mostrando que os brasileiros- mas não somente – investem mais tempo vendo TV e navegando na Web do que lendo.
Oesterreicher(1997) lembra que devemos tomar cuidado para não dicotomizar textos oras e escritos como se fossem opostos. Para ele todos os textos podem ser situados em uma escala contínua que possue dois pólos extremos, um caracterizado pela imediação e outro pela distância comunicativa. Como as imagens também podem ser consideradas textos (VILCHES, 1997).
“De forma bastante sucinta é possível afirmar que a linguagem híbrida, tanto da TV, do filme, como do computador, se caracteriza como um complexo processo semiológico que (...) utiliza signos em três diferentes códigos de significação” (OROFINO, 2005, p.84): o código verbal/ texto (uso da palavra oral ou escrita), o código icônico/ imagem (imagem parada ou movimento, bem como todas as dimensões de composição) e o código sonoro/ som (música, ruídos ou onomatopéias, que indicam, apontam ou sugerem alguma informação).
Hoje, a “alfabetização/ letramento nas mídias é tão importante para o jovem como as formas mais tradicionais de alfabetização/ letramento em relação a textos impressos” (BUCKINGHAM, 2003, p.4).
Tanto a alfabetização quanto o letramento midiático precisam ser promovidos a jovens e adultos, para auxiliá-los a ler e escrever, de forma autônoma, crítica e criativa, através das diversas possibilidades comunicativas existentes.
Porcher e Friedmann, a autora destaca que o mundo contemporâneo é caracterizado por uma tecnificação crescente, não só do mundo do trabalho, “mas das outras esferas da vida social, o lazer, a cultura, as relações pessoais” (BELLONI, 2005, p.17). Por isso não há mídias que não possam ser usadas na escola.
A relação entre as tecnologias de informação e comunicação (TICs) e a educação devem se dar em duas dimensões indissociáveis (BELLONI, 2005, p. 9: como ferramenta pedagógica e como objeto de estudo.
A proposta criada pelo British Film Institute (BFI) para uma abordagem curricular das mídias nas escolas primárias inglesas, foi difundida por Bazalgette (1992), e está baseado em seis conceitos: Agência, categorias, tecnologia, linguagens, audiências, representação.
Há computadores, máquinas fotográficas, jornais, revistas, gibis, acesso à Internet e até filmadora em boa parte das escolas de ensino fundamental de Florianópolis. Entretanto não parece estar havendo formação suficiente ou adequada das professoras que promova ou estimule usos críticos e criativos. E muitas das que vislumbram tal possibilidade, parece não saber como fazê-lo.

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